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Mastite reduz produção de leite. Veja os cuidados com as vacas

 A mastite reduz em até 18% a produção de leite das vacas, além de prejudicar a qualidade do produto e podendo levar a morte dos animais. Hoje, a doença é um dos principais problemas que prejudicam a rentabilidade da atividade e muitos produtores não se dão conta disso.
A infecção é causada pela entrada de microrganismos nos tetos da vaca, geralmente durante a ordenha, e o tipo de microrganismos determina se é um caso de mastite contagiosa ou de mastite ambiental.
Os microrganismos causadores da mastite contagiosa costumam ser mais comum, causando infeções persistentes, mas sem sintomas clínicos graves. A transmissão se dá, principalmente, pela mão do ordenhador e equipamentos contaminados após contato com outros animais infectados. Por isso, o uso do pós-dipping depois da ordenha ajuda a reduzir a disseminação no rebanho. O tratamento da vaca, ao fim da lactação, com antibióticos adequados para o período seco, elimina a maioria desses patógenos. As infecções causadas por bactérias contagiosas tendem a se apresentar na forma subclínica e a se tornarem crônicas.
Já no caso da mastite ambiental, como o próprio nome diz, a principal fonte de bactérias é o ambiente. Esses microrganismos são encontrados em todos os rebanhos, na água, fezes, materiais usados como cama e pele dos animais. As infecções tendem a se apresentar na forma clínica aguda e algumas vezes, na forma hiperaguda, em que se observam febre, perda de apetite, desidratação e ocasionalmente, morte do animal. Nesses casos, o tratamento é imprescindível para a recuperação do animal.
A forma clínica da doença é caracterizada por alterações visível no leite, como a presença de grumos, sangue e pus. Esses sinais podem ser acompanhados ou não por alterações no úbere (mamas), como inchaço, dor e calor. Dependendo do microrganismo envolvido no contágio, pode haver um comprometimento sistêmico do animal, resultando em febre, desidratação, apatia e até morte; quadro chamado de mastite clínica aguda.

Sinais da mastite clínica
Grau 1: ocorrem apenas alterações no leite, como a presença de grumos ou pus, alterações de cor e/ou consistência principalmente nos primeiros jatos, perfeitamente observados ao teste conhecido como “teste da caneca de fundo preto”, para melhor detecção de possíveis alterações.
Grau 2: além das alterações no leite, quando se examina a mama com as mãos, pode-se perceber dor, inchaço, local endurecido e parte da úbere avermelhada.
Grau 3: além dos sinais anteriores, há comprometimento do organismo do animal. A vaca doente pode apresentar febre, perda de apetite, desidratação, entre outros sinais.
Outros sinais da mastite e o estado geral do animal somente poderão ser avaliados por um médico-veterinário. A presença desse profissional é importante para examinar detalhadamente a vaca doente, indicar o tratamento certo e evitar que a vaca perca a mama ou até mesmo morra.
Detecção da mastite clínica
As formas mais usadas para detectar mastite clínica são:
• Teste da caneca de fundo preto
• Observação e contato com as mamas do animal.
• Realização do teste de CMT ( teste da raquete).

A retirada dos três primeiros jatos de cada teto deve ser realizada antes de cada ordenha com objetivo da identificação da mastite subclínica e clinica e reduzir a contagem bacteriana.
Ao identificar alguma vaca com mastite clínica durante a ordenha, o ordenhador deve lavar as mãos antes de manusear outro animal. A fêmea doente deve receber tratamento adequado seguindo recomendações de um médico-veterinário. É importante que esse animal em tratamento receba uma identificação, seja ordenhada por último nas próximas ordenhas e seu leite seja descartado.
Mastite subclínica
De acordo com o médico-veterinário da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Guilherme Nunes de Souza, para cada caso de mastite clínica, ocorrem entre 20 e 50 casos de mastite subclínica. Essa forma da doença não causa alterações visíveis no úbere e no leite, então é necessário monitorar os animais.
A principal forma de detecção da mastite subclínica e a realização do TESTE DE CMT (RAQUETE) como rotina na propriedade. A avaliação pode ser feita por meio de exames microbiológicos, que permitem identificar o padrão de infecção no rebanho. Sendo possível determinar o padrão de susceptibilidade aos antimicrobianos, o que pode auxiliar na escolha do antibiótico a ser usado na terapia da vaca seca.
Outra alternativa para se avaliar a situação da mastite subclínica é a contagem de células somáticas (CCS). Essas células estão presentes geralmente em pequeno número — até 50.000 ou mesmo 100.000 por mililitros, no úbere sadio.
Normalmente, considera-se que um animal com mais de 250.000 células somáticas tem grande probabilidade de estar infectado.



Prevenção
Um dos fundamentos dos programas de controle da mastite é a identificação dos fatores necessários para a ocorrência de infecções da glândula mamária. Pode-se prevenir as infecções, por meio de intervenções estratégicas que impedem tanto a contaminação quanto sua disseminação entre os animais.
O programa de prevenção e controle da mastite deve incluir pelo menos os seguintes itens:
• Higiene correta na pré e pós-ordenha;
• Tratamento de casos clínicos.
• Tratamento da vaca no momento da secagem;
• Manutenção e higienização dos equipamentos de ordenha;
• Alimentação adequada;
• Adequação do ambiente;
• Manejo correto de dejetos;
• Realização de exames na aquisição de animais;
• Monitoramento da saúde da glândula mamária (Teste de CMT e contagem de células somáticas).
• Vacinas preventivas e produtos homeopáticos;
• Descarte de animais com infecção crônica;


Fonte: Canal Rural com adaptações do Departamento Veterinário 









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